quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A vida do Planeta Terra

ATerra surgiu do Sol e desaparecerá devorada por ele dentro de alguns poucos milhares de anos. Sua vida terá durado apenas um instante, uma pulsação da existência do Cosmos que é medida em milhares de milhões de anos. Somente em suas etapas intermediárias a Terra adquiriu algumas condições propícias para o desenvolvimento da vida; e quando estas condições desaparecerem por excesso de temperatura, os seres vivos desaparecerão também.
vida planeta terra
A massa solar foi a origem da Terra, ao desprender-se matéria que paulatinamente foi adquirindo sua forma atual.
Uma vez que o planeta estava formado, apareceu a atmosfera, produzida pelos gases interiores, porém muito densa.
Depois a atmosfera se fez apta para a vida e esta apareceu. É a etapa na qual atualmente nos encontramos.
Quando o Sol se convertei em uma estrela gigante vermelha a atmosfera desaparecerá pelo excessivo aquecimento.
Nosso planeta terminará por desaparecer, assimilando-se ao Sol, dentro de 7 ou 8 mil milhões de anos.
Cercando-nos ao pequeno mundo do sistema planetário ao qual pertencemos, fixemos nossa atenção na diferença fundamental que existe entre as estrelas e os planetas. Enquanto uma estrela é uma entidade que continua emitindo no espaço circundante radiações, partículas várias, etc., o planeta, apesar de estar formado pela condensação de uma certa quantidade de materiais, é uma aglomeração que aparece ao término de um complicado processo cósmico. A galáxia permitiu a concentração de matéria necessária para o nascimento das estrelas, e estas últimas, com suas reações termonucleares, o intercâmbio das forças gravitacionais e eletromagnéticas, determinam as condições mais favoráveis para que os planetas sejam formados e desenvolvidos. Pode, portanto, dizer-se que, em nosso âmbito, o Sol foi a oficina que fabricou os elementos, e os planetas, seus produtos inacabados, hoje todavia continuam estando em elaboração.
Acerca da idade do Cosmos, que pelo que explicamos, evidentemente deve ser muito superior aos 6 bilhões de anos de existência do sistema Solar. Nos anos sessenta o astrônomo norte-americano Allen Sandage, observando estrelas da acumulação NGC 188, comprovou que contavam 24 bilhões de anos; e isso todavia não é nada, pois o astrônomo suíço Zwicky já fala de formações estelares de vários bilhões de anos.

Nosso solo, nossa Terra

Já vimos como, segundo as teorias científicas mais acreditadas, nosso planeta originou-se a partir da primordial nuvem cósmica da qual nasceram os vários corpos do Sistema Solar. Agora então, por efeito da gravidade, na parte mais central da proto-terra foram acumulando-se os elementos mais pesados, enquanto que por
efeito das enormes pressões que iam desenvolvendo-se e pela conseqüente elevação da temperatura, começaram a fraguar-se alguns complicados processos químicos que desembocaram na formação das várias substâncias que compõem nosso planeta. Desde sempre se sabia que baixando até o interior da Terra a temperatura cresce. "Está averiguado - fazia dizer Julio Verner a seu célebre professor Otto Liedenbrock, protagonista do livro "Viagem ao centro da Terra" - que o calor aumenta aproximadamente um grau cada trinta metros de profundidade debaixo da superfície. Se a proporção permanece constante, por 1.500 léguas, isto é, por 6.000 quilômetros, até o centro da Terra, lá embaixo a temperatura seria de 2 milhõe
Nos tempos de Verne se pensava que a Terra não fosse mais que uma estrela que pouco a pouco havia esfriado e que o calor central seria o resíduo desse corpo primitivo e incandescente; os estratos geológicos mais superficiais, deste ponto de vista, não podiam ser mais que solidificações produzidas pelo esfriamento. No entanto, hoje se sabe que nosso globo se formou por condensação de uma porção ínfima da nuvem cósmica que continha hidrogênio e "poeira espacial"; somente sucessivamente teve lugar o processo de reaquecimento da massa que produziu os diferentes elementos e substâncias.
Em seguida vejamos como se sabe o que é o que existe debaixo de nossos pés: por meio de cálculos indiretos nós conhecemos qual é o peso total da Terra: 6.000.000.000.000.000.000.000 (6 quatrilhões) toneladas, quantidade que já conheciam os antigos egípcios e os chineses.
Em cima da crosta terrestre se encontra a atmosfera, um envoltório gasoso que contém majoritariamente nitrogênio, oxigênio, vapor de água, anidrido carbônico e, em porcentagens pequenas, outros vários tipos de gases como hidrogênio, neón, hélio, etc. A mais de 100.000 quilômetros de altitude as partículas gasosas estão "ionizadas", isto é, compostas de eletrons negativos e em núcleos (ou pedacinhos de átomos) positivos, e sua região é chamada ionosfera.
Provavelmente enormes ilhas de granito, mais rápidas que a matéria de outras lavas mais pesadas, flutuaram sobre elas, até que pouco a pouco tudo foi solidificando-se e extendendo-se em profundidade e superfície. Ou talvez o granito fundido agrupou-se em enormes bolhas subterrâneas da crosta, e somente mais tarde, quando solidificou-se, foi empurrando para cima, emergindo entre o basalto mais pesado que constitui o mantel. Nenhum cientista se atreve a dizer como foram formados na realidade os primeiros escudos continentais e como ocuparam suas posições em superfície.
vida no planeta terra

A Terra se prepara para a vida, aparece a chuva

Enquanto isso os gases expulsos das entranhas da Terra haviam formado uma densa cortina de nuvens negras que por séculos e séculos impediram a chegada dos raios solares. Em seguida uma parte do vapor de água contido nesse envoltório gasoso começou a condensar-se em gotas de água e começou a chover. Porém logo ao chegar às rochas ardentes novamente a água se evaporava, voltando à atmosfera gasosa. E assim por séculos e séculos, por milhões e milhões de anos, até que pelo esfriamento da crosta foi evaporada cada vez menos água da que caia. As enormes covas e bacias existentes devido à irregularidade na distribuição das rochas solidificadas foram enchendo-se de água já não evaporável, e quando por fim as chuvas começaram a diminuir e a clarear-se gradualmente a densidade da atmosfera, os oceanos primordiais já existiam.
Outro fenômeno produziu o processo de esfriamento da crosta terrestre: o enrugamento desua epiderme, isto é, a formação das cordilheiras, entre espantosos terremotos e furores vulcânicos. Houveram três orogênesis, e a última, denominada Alpina, é a que formou os alpes, as Montanhas Rochosas e os Andes. E segundo parece, o Himalaia todavia está em fase de desenvolvimento.
http://www.google.com.br/imgres?imgurl=http://viajeaqui.abril.com.br/imagem/fwa/1218042551911_129.jpg&imgrefurl=http://viajeaqui.abril.com.br/national-geographic/blog/98918_comentarios.shtml%3F8166701&usg=__mSk8PhivFoJMVZ_QwX4YOd0hNPQ=&h=293&w=450&sz=22&hl=pt-BR&start=0&zoom=1&tbnid=NzyU-OPr_lS_eM:&tbnh=137&tbnw=174&prev=/images%3Fq%3DAs%2BMaravilhas%2Bdo%2Bplaneta%2BTerra%26um%3D1%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN%26biw%3D1024%26bih%3D570%26tbs%3Disch:1&um=1&itbs=1&iact=hc&vpx=435&vpy=85&dur=537&hovh=181&hovw=278&tx=179&ty=98&ei=OPqQTL7QJYP7lweeh5DmAQ&oei=-vmQTMKpHsH88AbFy5moDQ&esq=4&page=1&ndsp=15&ved=1t:429,r:2,s:0

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

O futuro do Planeta Terra comessa agora

Num universo de dimensão ainda desconhecida, a Terra é o único planeta conhecido no qual a experiência da vida deu certo. Aqui aconteceu uma rara e perfeita combinação de fatores que permitiu o surgimento não só de formas primitivas de vida, mas também de uma forma sublime que tem consciência de sua própria existência e consegue evoluir pelo acúmulo de conhecimento através de gerações.
Essa forma de vida rapidamente dominou todas as outras no planeta, sendo capaz de em pouco tempo, erguer uma civilização fantástica que hoje explora as fronteiras mais longínquas do conhecimento numa busca insaciável por riqueza, poder e saber.
Durante milênios essa evolução se deu aos tropeços, tratando com desprezo vidas e recursos naturais sem, entretanto, conseguir perturbar o perfeito equilíbrio entre todos os elementos e forças que tornaram possíveis a vida na terra.
O século XX trouxe novidades. Com o avanço da ciência, o homem adquiriu a capacidade de multiplicar força e realizar trabalho numa escala quase divina. Mas tal qual uma criança desajeitada com um brinquedo novo que não entende e maneja mal, o homem hoje ameaça o equilibro do planeta e consequentemente sua própria existência.
O planeta está se tornando pequeno sob todos os aspectos. A população mundial atual é da ordem de 6,1 bilhões de habitantes e o planeta já demonstra sinais de esgotamento. Estima-se que a população só venha a estabilizar em 2050, quando seremos aproximadamente 9 bilhões de habitantes a necessitar de recursos que hoje já se mostram escassos.
É paradoxal, mas se todos na terra consumissem água, alimento e energia nas quantidades mínimas recomendadas pela própria Organização das Nações Unidas - ONU, o mundo entraria em colapso.
Já temos hoje, evidências claras, que crises decorrentes de carência de água, energia, alimento e recursos naturais se tornarão cada vez mais freqüentes. Na medida em que os recursos se tornam mais escassos os conflitos se agravarão.
Sem água e alimento, a vida se torna impossível. Atualmente morrem milhares de pessoas diariamente por desnutrição e desidratação.
Sem energia, voltaremos à idade da pedra. Nesse aspecto as perspectivas não são muito alvissareiras, pois a matriz energética mundial está fortemente vinculada à queima de hidrocarbonetos.
Sabemos que as reservas mundiais de petróleo talvez abasteçam a humanidade por 40 ou 50 anos. O gás talvez dure 80 anos e o carvão mineral um pouco mais. Além disso, a queima de hidrocarbonetos contribui para o efeito estufa, que leva a mudanças climáticas e a outras conseqüências altamente indesejadas.
Infelizmente ainda não existem alternativas economicamente viáveis para substituir esses três recursos naturais utilizados para geração de energia. Todas as fontes alternativas como geração fotovoltaica solar, eólica, termonuclear, hidrogênio, etanol, movimento de marés ou outras, ainda são caras ou não atenderiam a atual demanda. A geração em hidrelétricas está relacionada com o potencial hídrico que está praticamente no limite na maioria dos países do mundo.
Todo esse quadro é agravado por uma crise social contínua decorrente da má distribuição de renda, que já instabiliza países considerados ricos, que vêm sofrendo uma invasão silenciosa de miseráveis de todas as partes do planeta, em busca de sobrevivência e oportunidades.
A humanidade está diante de um grande desafio. Estamos vivendo um momento de mudanças globais nunca antes experimentadas e ninguém, nem mesmo a comunidade científica conhece com precisão o resultado desses processos em curso. Degelo de neve perene e calotas polares, destruição da camada de ozônio, desertificação, efeito estufa e tantos outros fenômenos que aos poucos vem sendo decifrados, podem colocar em risco a humanidade ou trazer grande sofrimento, principalmente para as populações mais pobres e cronicamente carentes.
Nesse cenário, fenômenos naturais que sempre existiram tendem a gerar desastres ampliados, pois a concentração da população e a complexidade dos centros urbanos tornam o conjunto extremamente vulnerável à maioria dos fenômenos naturais. Some-se a isso, desastres tecnológicos e outros decorrentes da atividade humana.
Além disso, travam-se verdadeiras batalhas, algumas em campos reais, outras em campos virtuais, que contrapõem interesses de países, nações, etnias e grupos, num jogo onde a vida alheia não tem valor e onde ética e moral são colocados à margem do processo decisório.
A continuidade dessa política internacional e desse pensamento nos levarão a um futuro bastante incerto e provavelmente doloroso para uma maioria.
Por outro lado, nós a maioria das prováveis vítimas de todo esse processo, isoladamente somos impotentes. Enquanto não existir uma consciência coletiva que como um diapasão vibre numa freqüência uníssona no sentido de buscar drásticas mudanças de rumo, nada de positivo acontecerá no prazo que a situação requer.
Esse pensar e agir coletivamente em prol do futuro de todos, talvez seja o passo necessário para que a humanidade galgue o próximo degrau na escala evolutiva.
Temos plena consciência que nossa iniciativa é pífia e até pretensiosa. Sabemos também que nossa existência é finita e que provavelmente não chegaremos a viver no cenário que vem se delineando.
Mas simplesmente deixar acontecer não é uma solução aceitável. Assim, estamos empreendendo esse esforço sem esperança de retorno ou benefício próprio e o fazemos por amor aos nossos filhos e às próximas gerações.

                                                           http://ofca.com.br/artigos/planeta-terra/

O Planeta Terra pede socorro



Quem lê um jornal, freqüentemente se depara com notícias do tipo: o planeta Terra está aquecendo, as geleiras estão derretendo, os rios contaminados matam peixes e intoxicam a população local, o buraco na camada de ozônio e os gases do efeito estufa preocupam os cientistas. Essas e outras notícias, de tão exaustivamente batidas, acabam passando como qualquer outra, mas a questão é: até quando vamos ignorar um pedido de socorro do nosso planeta? Será que teremos que esperar a água de nossas casas acabar ou o calor se tornar insuportável? Devemos aguardar que as conseqüências batam a nossa porta de forma inexorável para só então percebermos o quanto fomos inconseqüentes e irresponsáveis com o patrimônio natural que nos foi presenteado?
Infelizmente, nós seres humanos, de uma forma geral, nos consideramos superiores a tudo e a todos que habitam o planeta. Essa pretensa superioridade não nos permite enxergar que somos tão dependentes da saúde do ambiente quanto um peixe é do oxigênio contido na água. A tendência à superioridade, somada à ganância incondicional, nos tornaram as maiores ameaças à vida no planeta. Além de destruir a grande biodiversidade do planeta, seremos vítimas de nossos próprios erros e vamos sofrer fortemente as conseqüências.
A falta de conscientização e respeito do ser humano contribui sobremaneira para a degradação ambiental acelerada. O desperdício e mal uso dos recursos naturais, o errado descarte de lix

Lixo

A crescente preocupação com o meio ambiente tem levado algumas pessoas a mudar seus hábitos. A reutilização do lixo, objetivando a preservação ambiental, o incentivo à coleta seletiva e a reciclagem de diversos tipos de material já vêm sendo adotados nas principais sociedades. Isto porém ainda não é o bastante. O desperdício é enorme e ecologicamente incorreto. Somente nos Estados Unidos são gerados 200 milhões de toneladas de lixo por ano, uma média de 725 quilos por habitante. Mesmo quando comparado com a capital do Brasil, que é quem mais desperdiça lixo, esse número é alarmante. Brasília produz 438 quilos por habitante por ano. Que dirá quando comparado aos países africanos, cuja média de consumo por habitante é 40 vezes menor do que a americana.
Uma criança nascida em um país industrializado colabora para o desperdício e a poluição ambiental na mesma proporção que 30 a 50 crianças nascidas nos países em desenvolvimento. Com o crescente aumento populacional e o consumismo em ritmo acelerado, a tendência é produzirmos cada vez mais lixo. Se continuarmos jogando nosso lixo para fora de casa e não dermos uma solução sustentável para o problema, nossos netos ou bisnetos precisarão de outro planeta para abrigar tanto lixo.
Segundo a ASMARE (Associação dos catadores de material reaproveitável), 64% dos municípios brasileiros destinam seus resíduos sem tratamento a lixões ou a cursos de água e em 20 % dos domicílios brasileiros, o lixo nem chega a ser coletado. Engana-se quem ainda pensa que o problema do lixo acaba na hora em que é deixado na porta de casa para coleta dos serviços de limpeza urbana. A maioria dos brasileiros não sabe para onde os resíduos são destinados e o que acontecerá com eles. Os diversos aterros sanitários e lixões hoje existentes no país já estão com suas capacidades esgotadas.
As praias são um outro exemplo de nosso descaso com a natureza. No últimos anos, as praias vêm se transformando em verdadeiros depósitos de lixo público. Além de as areias estarem acumulando materiais inorgânicos que podem levar até 100 anos para se degradar, como o plástico (veja tabela), suas águas estão cada vez mais poluídas e impróprias para o banho. Experimente caminhar no final da tarde de um domingo qualquer na praia e você não saberá se está em uma praia ou em um depósito de lixo. “O microlixo (bitucas de cigarros, canudinhos, tampinhas e etc) deixado na areia é um dos maiores vilões nas praias. De acordo com os relatórios que produzimos em nossas ações de limpeza de praia, são os campeões em quantidade coletada nas praias cariocas” afirmam Hildon Carrapito e Anna Turano, coordenadores do Projeto Limpeza na Praia, do Instituto Ecológico Aqualung. Esse projeto, uma iniciativa maravilhosa para dar conscientização ambiental nas praias através de multirões de limpeza, tirou no ano passado em um só evento, oito mil sacolas de lixo das praias cariocas (veja mais na página 16).

o e outros resíduos, o aumento de gases emitidos para a atmosfera e o desmatamento descontrolado são apenas alguns exemplos de desenvolvimento insustentável.
Dados obtidos de pesquisas que têm sido realizadas no mundo inteiro, revelam que o Planeta Terra está sofrendo diariamente com as intervenções causadas pela ações antrópicas. As reações que presenciamos nos últimos anos nos mostram que a natureza responde de maneira drástica. “É bem provável que tenhamos de enfrentar uma catástrofe ecológica no próximo século, a não ser que mudemos nosso estilo de vida, nossa economia e nossas instituições. A parte mais importante do novo paradigma consiste em construir uma sociedade que nos permita satisfazer as necessidades do povo sem destruir o sistema que nos sustenta e sem acabar com nossas reservas naturais. Enfim, uma sociedade na qual possamos nos manter sem destruir ou reduzir as oportunidades para futuras gerações” afirmou o físico quântico Fritjof Capra.
Quando nos preocupamos em diminuir o impacto do lixo, devemos sempre pensar nos três erres: Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Reduzir o desperdício, reutilizar sempre que for possível antes de jogar fora e reciclar os materiais. Quando falamos em reduzir, nossa atuação pode começar desde o momento da compra. Deveríamos evitar a compra de produtos com exageros na embalagem, principalmente aquelas de isopor, papel celofane ou papel alumínio, que apresentam pouca ou nenhuma aceitação no mercado de reciclagem e levam muito tempo para se degradar no meio ambiente (veja tabela na página ao lado). Podemos também reduzir o desperdício através de pequenas ações em casa e no trabalho, como utilizar a frente e o verso das folhas de papel e reutilizar os copos descartáveis e os potes de vidros.
Reciclar é, na verdade, separar para a reciclagem, pois os cidadãos comuns não reciclam (a não ser os artesãos de papel reciclado). A melhor alternativa para reciclar, contribuindo assim com um mundo mais limpo, é procurar uma entidade governamental, filantrópica ou uma cooperativa de catadores de lixo, que coletarão o lixo em sua casa ou condomínio (veja tome nota na página 8). A coleta seletiva é uma alternativa ecologicamente correta que desvia uma quantidade significativa de resíduos sólidos de seu destino para os aterros sanitários e minimiza o desperdício, permitindo a reciclagem e a reutilização. Com isso alguns objetivos importantes são alcançados: a vida útil dos aterros sanitários é prolongada e o meio ambiente é menos contaminado. Além disso, o uso da matéria prima reciclável diminui consideravelmente a demanda por recursos naturais.
No Brasil, já são mais de 500 mil catadores espalhados por mais de 3,8 mil municípios. Estima-se que os catadores sejam responsáveis por 90% dos materiais que alimentam as indústrias recicladoras. Segundo levantamento da Associação Brasileira de Alumínio (ABAL) o Brasil desde 2001 se mantém como líder mundial na reciclagem de latas de alumínio. Mas não pense que isso ocorrre devido a um suposto alto nível de conscientização e eficiência ecológica brasileira. Essa posição se deve ao fato de termos no Brasil um exército de miseráveis sem alternativas que sobrevivem e sustentam suas famílias às custas da cata de latas de alumínio.
Reciclando, a humanidade poupa os recursos naturais, economiza energia, reduz a poluição, gera empregos e deixa as cidades mais limpas e agradáveis. De acordo com a ONU, Organização das Nações Unidas, uma tonelada de papel reciclado poupa cerca de 22 árvores, economiza 71% de energia elétrica e diminui a poluição do ar em 74%.
Aquecimento Global
Pesquisas em vários pontos do planeta confirmam que a Terra está sob processo de aquecimento. O aquecimento global é uma hipótese de que o aumento da temperatura da atmosfera é a conseqüência do aumento da emissão de gases estufa, principalmente o CO2, pelas atividades humanas, como a queima de combustíveis fósseis como carvão e derivados de petróleo, de indústrias, refinarias e motores automotivos. O aumento da emissão desses gases aumenta também a capacidade da atmosfera de aprisionar calor. Essa capacidade é conhecida como Efeito Estufa.
Este efeito, ao contrário do que muitos pensam, é um fenômeno natural e benéfico aos seres vivos. Quando se alerta para os riscos relacionados ao Efeito Estufa, o que está em foco é a sua possível intensificação causada pela ação do homem, alterando o clima na Terra.
A atmosfera do nosso planeta é constituída de gases que permitem a passagem da radiação solar e absorvem grande parte do calor (a radiação infravermelha térmica) emitido pela superfície aquecida da Terra. Graças a esse efeito estufa, a temperatura média da superfície do planeta mantém-se em cerca de 15°C. Sem o efeito estufa, a temperatura média da Terra seria de 18°C abaixo de zero. Portanto, o efeito estufa natural sempre foi benéfico ao planeta, pois criou todas as condições para a existência de vida.
A hipótese da intensificação do fenômeno é muito simples, do ponto de vista da física. Quanto maior for a concentração de gases, maior será o aprisionamento do calor e, consequentemente, mais alta a temperatura média do globo terrestre. A maioria dos cientistas envolvidos nas pesquisas climáticas, está convencida de que a intensificação do fenômeno, em decorrência das ações e atividades humanas, estão provocando esse aquecimento. Como não há concenso, o Efeito Estufa ainda continuará a ser objeto de muita discussão entre os cientistas e a sociedade.
Preocupados com o Efeito Estufa e seu impacto no aquecimento global, representantes de 160 países assinaram um acordo em 1997 para a redução da emissão de gases poluentes. O chamado “Protocolo de Kyoto” estipulou metas para a redução da emissão de gases poluentes nos países industrializados. Ainda que o presidente dos Estados Unidos se recuse a assiná-lo, o acordo tentará alcançar uma redução de 5,2% na emissão de seis gases até 2012 (CO2, CH4, N2O, HFCs, PFCs e SF6). Reuniões suplementares continuam sendo realizadas para tentar determinar os parâmetros finais do protocolo.
As conseqüências do aquecimento global, envolvem questões complexas sobre as quais os próprios especialistas ainda não têm opinião formada. É muito difícil prever as mudanças climáticas, os prejuízos e custos da prevenção destas mudanças e planejar ações que possam minimizar os efeitos negativos. No entanto, os efeitos desastrosos já são apontados por especialistas do mundo inteiro e alguns já acontecem embaixo de nosso olhos, como o próprio El-ninõ. As previsões indicam um aquecimento dos mares, que provocará um grande degelo dos polos e o aumento do nível dos oceanos e, consequentemente, a inundação de várias áreas litorâneas. A umidade e o calor provocarão um aumento do número de insetos com o correlato aumento das doenças por eles transmitidas, como a malária. É prevista também uma redução das colheitas na maior parte das regiões tropicais e subtropicais, onde a comida já é escassa. Como se isto não bastasse, haveria um decréscimo da água disponível e, por outro lado, maior risco de enchentes em determinados locais. As áreas mais pobres do globo, por sua escassa capacidade de adaptação, serão certamente as mais vulneráveis. Essas são algumas das conclusões do Terceiro Relatório do IPCC (Intergovernamental Panel on Climate Change), um grupo organizado sob os auspícios das Nações Unidas com a finalidade de estudar as mudanças cli
Mata Atlântica

O desequilíbrio ambiental e climático já demonstra resultados negativos também para as nossas matas. Junto com o aumento da temperatura temos a previsão de uma diminuição significativa nos índices pluviométricos para as regiões de Mata Atlântica. Ou seja, dentro de 100 anos a área ocupada hoje pela Mata Atlântica será mais quente e mais seca. Isto se até lá não tivermos destruído o que sobrou de uma das matas mais ricas em biodiversidade do mundo. É a floresta mais rica do mundo em árvores por unidade de área, apresentando 454 espécies por hectare no sul da Bahia.
A destruição das florestas e a sua má utilização iniciou-se na época do descobrimento do Brasil. Quando os europeus desembarcaram em nossas terras a Mata Atlântica ocupava cerca de 15% do território brasileiro. Hoje, após uma assustadora devastação, a mata foi reduzida a apenas 7% da área original, ou cerca de 1% do território brasileiro. A situação crítica da Mata Atlântica fez com que a ONG Conservação International incluisse esse Bioma entre os cinco primeiros colocados na lista de Hotsposts __ 25 bioregiões selecionadas em todo o mundo, consideradas as mais ricas em biodiversidade e, ao mesmo tempo, as mais ameaçadas.
Historicamente, os setores agropecuário, madeireiro, siderúrgico e imobiliário pouco se preocuparam com o futuro das florestas ou com a conservação da biodiversidade. Pelo contrário, sempre agiram, e agem até hoje, objetivando o maior lucro em um menor tempo possível. O mais grave é que essa falta de compromisso com a conservação e estímulo ao desmatamento, historicamente, partiram dos próprios governos brasileiros.
Amazônia

Não podemos deixar de mencionar também a forte ameaça que a Floresta Amazônica vem enfrentando. Mesmo sendo considerada (erroneamente) o pulmão do Planeta, suas florestas vêm sendo destruídas há anos por queimadas e desmatamentos, provocando perdas irreparáveis de espécies animais e vegetais.O Ministério do Meio Ambiente já comprovou que o desmatamento só tem aumentado, principalmente nos dois últimos anos. Cerca de 26.130 quilômetros quadrados foram devastados entre agosto de 2003 e agosto de 2004, e o grande vilão é a indústria madeireira. A região é a maior reserva de madeira tropical do mundo e exporta madeira principalmente para os países europeus. A Floresta Amazônica tem 5,5 milhões de quilômetros quadrados, abrigando um terço de todas as espécies vivas do planeta.
Cada espécie animal ou vegetal extinta representa um grave desequilíbrio no ecossistema local e uma enorme perda da biodiversidade mundial. Se falarmos na linguagem que esse setores da economia entendem, podemos comparar com o empresário que compra uma indústria e, sem ter nenhuma noção das funções de seus quadros, demite alguns funcionários a esmo. Correrá o sério risco de ver sua industria parada.
Águas e Oceanos

Os cientistas alertam: “a água potável será um dos primeiros recursos naturais a se esgotar nos próximos séculos”. Alguns países já se deram conta disso e competem ferozmente entre si por esse precioso recurso. Se no passado, as especiarias provocaram muitas guerras, imagine a falta de água. Já existem centenas de conflitos expalhados pelo Planeta. Os principais, como não poderia deixar de ser, estão na África e no Oriente Médio. Na América do Sul, os conflitos pelo uso da água estão concentrados em sua maioria no território brasileiro (Bacia Amazônica, Bacia da Prata, Aqüífero Guarani e Águas Costeiras).
As conseqüências da falta de água e sua contaminação já são uma realidade até mesmo no Brasil, um dos países mais rico em recursos naturais e hídricos do mundo. “Cerca de 89% das pessoas que estão nos hospitais foram vitimas da falta de acesso à água de boa qualidade” diagnostica o Ministério da Saúde.
As atividades industriais, mineradoras e agrícolas são as principais emissoras de poluentes tóxicos responsáveis pela contaminação da água. Entre as substâncias descarregadas, estão os compostos orgânicos do clorinato, minerais, derivados de petróleo, mercúrio e chumbo (todos provenientes das indústrias) e fertilizantes, pesticidas e herbicidas (da agricultura). Com as chuvas, esses poluentes são arrastados para os rios. Outra importante fonte de poluição são os esgotos. Nas cidades e regiões agrícolas, são lançados diariamente cerca de 10 bilhões de litros de esgoto que poluem rios, lagos e áreas de mananciais. Qualquer poluente que entre em contato com o solo ou com a água pode contaminar também os lençóis de água subterrâneos.
Os mares e oceanos recebem boa parte dos poluentes dissolvidos nos rios dos centros industriais e urbanos localizados no litoral. O esgoto, em geral, é despejado sem nenhum tipo de tratamento. O excesso de material orgânico no mar leva à proliferação descontrolada de microrganismos que acabam formando as chamadas marés vermelhas, que matam e intoxicam peixes e outros frutos do mar, tornando-os impróprios para a alimentação. Para piorar, um milhão de toneladas de óleo são despejadas por ano e espalham-se pela superfície dos oceanos, formando uma camada compacta que demora para ser absorvida e mata muitos animais.
Segundo Stjepan Kecknes, diretor do Centro de Programas de Atividades Oceânicas e Costeiras do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), oitenta e cinco por cento dos 20 bilhões de toneladas de material poluente despejados anualmente nos oceanos provêm dos continentes. Noventa por cento desse material permanece na área costeira, criando sérios problemas ambientais e de saúde.
máticas.
 
 
 
       http://www.institutoaqualung.com.br/info_planeta_terra_62.html